quarta-feira, 23 de novembro de 2011

O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã.

Como é bom desabafar, escrevendo vamos limpando a alma, às vezes nem percebemos que determinados pensamentos nos fustigam, nos exaurem, e ao começar a escrever estes se desprendem e flutuam pelas teclas como se já estivessem a espera, para serem desencarcerados. Livres, as emoções parece perder seu vigor e não mais machucam,ao nos defrontarmos com elas , num exercício maravilhoso, percebemos que demos importância exagerada ao que não valia à pena. Escrever para mim tem se tornado uma terapia, um bálsamo bendito, onde, muitas vezes sou pega de surpresa pelas palavras que externam meu estado de espírito e que não havia notado. Quando deixo os dedos correrem pelo teclado,sem brigar com eles, deixando-os livres , leves e soltos, sou tomada de tamanha paz que me estarreço e agradeço a Deus a dádiva divina de poder escrever e ler. Quando solto as emoções sinto-me um pássaro a voar, os horizontes se alargam e os pequenos tropeços do dia a dia ficam minúsculos. Abrindo a minha janela e vendo as luzes ao longe, me sinto em paz, livre e as angústias que me afligiram tornam-se molas propulsoras para eu encontrar a felicidade. A felicidade que está estampada num sorriso amigo, numa canção,na alegria de uma criança, no simples sabor do pão e no cheirinho do café. Como sou boba ao me deixar contagiar por pessoas rudes que de acordo com sua maneira estreita de ver, interpretam mal o que fazemos. É uma pena, elas não sabem ler , ler nas entrelinhas,nem sempre temos opiniões que convergem , faz parte da vida as diferenças e sem elas não poderíamos crescer. Só podemos ter realmente uma opinião se pudermos enxergar por óticas diferentes, se pudermos cogitar isso ou aquilo. Formar uma opinião requer um pouco de amadurecimento e atenção, o que é certo agora, amanhã pode deixar de ser. O mundo está mudando numa velocidade espantosa e aí daquele que não acompanharem esse fluxo que vem como num torvelinho e arranca crenças e constrói novas histórias, se fundamentam e depois vem mais novidades , e mais e mais. Tenho a certeza que não nascemos para a tristeza, nascemos para sermos felizes. Esta, porém é uma escolha, que você faz ou não. Eu escolho ser feliz, quero deixar que o que me deixou entristecida ontem, fique no ontem e não mais exista no hoje e nem no amanhã. O que passou, passou, não há como voltar no tempo, há que se caminhar. E você pode escolher caminhar cantando ou chorando. E eu vou de Chico Buarque:” Apesar de você ,a amanhã há de ser outro dia....”

Nenhum comentário: