domingo, 4 de novembro de 2007
Tragicômico
Esta eu vi e não pude rir...na hora. No saguão da Ofebas ( Velório de Sorocaba) uma mulher chora convulsivamente , rodeada de cinco ou seis pessoas. Ouço o seguinte diálogo: — Minha irmã , você sabe que no momento eu não “estou podendo” , não dá para comprar uma sepultura para a mamãe , vamos cremá-la ,fica mais barato. A irmã fica em pé e quase gritando diz: — Eu quero ter um lugar onde possa chorar. No que o homem visivelmente nervoso e irritado responde : — Tudo bem , você pode ficar com o pote de cinzas. Choro ,gritos e desmaio . Eu saí de fininho ....
Faxinas na casa,arrumação na mente
Durante cinco anos tive uma auxiliar doméstica, vinha três vezes por semana.Ana chegava as 9:30 e ia embora as 15 h. Ela veio para minha casa quando me casei pela segunda vez.Já trabalhava com o meu marido há dois anos. Dedicada , amável ,exímia cozinheira .
Como morava longe , na zona rural de uma cidade próxima ,tinha um problema,faltava muito. O marido, caseiro de uma chácara ,nos últimos três anos , fez aumentar o nosso problema. A Chácara ficava num lugar ermo, ela descia do ônibus e caminhava a passos rápidos por quase quarenta minutos, uma ladeira íngrime , sem asfalto e toda esburacada,cada vez que chovia a Ana não aparecia.
Quando nos casamos faltava pouco tempo para a minha aposentadoria , um ano e pouco, eu tinha dois empregos e a Ana cuidava bem da casa. O Ayrton cuidava das compras e como bom cozinheiro que é , quando chegava à noite , após as aulas ,tinha sempre um jantarzinho caprichado a minha espera. A Ana e o Ayrton entraram na minha casa em 18/10/2002.
Tudo corria bem , em julho de 2003 meu esposo teve um problema cardíaco que o levou a UTI e a uma internação de oito dias. A Ana cuidando da casa , eu dele e do meu trabalho.
Em novembro ,no dia 10, nova internação, alto risco, gravidade máxima.A veia da perna esquerda totalmente entupida , necessidade de cirurgia ,mas havia o problema cardíaco.
Entra em cena o Dr. Wladimir dos Santos Júnior , cardiologista intervencionista que coloca o coração do meu amado em ordem e a cirurgia se torna possível. Cirurgia feita no dia 14 , a veia de toda a perna foi retirada, virada no avesso ,limpa de todos os trombos e reimplantada Sucesso.
No dia seguinte o susto, durante a madrugada , ele na UTI , teve uma hemorragia.Médicos chamado as pressas e nova cirurgia.Riscos máximo.
Lá se foram quinze dias , cinco na UTI , dez no quarto. A Ana senhora da casa, ficava tranqüila, pedi licença no trabalho. No fim de novembro a volta para casa e os problemas de saúde começaram a se agravar. Três vezes por semana médico, médico da família , curativos, infecções , gastos, gastos, gastos.
Mais internações ,mais infecções , novos antibióticos,curativos ,gastos,internações.Em março de 2004 a amputação da perna esquerda.
Ana meu braço direito.
A volta para casa, no mesmo dia o pé direito mostra uma marca....tudo outra vez,foram quinze internações , dez cirurgias, todas de altíssimo risco. No comando da casa: Ana.
Assim foram passando os dias ,em abril de 2005 a amputação da perna direita.Recuperação,cansaço, mimo , atenção, adaptações .Eu cuidava dele , Ana da casa;porém ele faltava....tinha semana que ela aparecia uma única vez , corria, fazia o que podia.
Neste mês de janeiro Ana trabalhou só seis dias , quando na verdade deveriam ser quatorze.Nunca descontei uma falta. Ela nunca repôs um dia .Eu muito grata.
Ana é uma ótima pessoa,mãe de cinco filhos adultos , é responsável , vive uma segunda união ,é vaidosa. Ana não aceita o tempo...Ana se recusa a usar óculos...vista cansada, típico da idade , mas eu comprei os óculos...Ana não usa.
Ela tem uma filha esquizofrênica que dá muito trabalho , Ana falta para internar a filha , para procurá-la quando foge....nada desconto.
Já tem mais de um ano da última amputação, saúde do esposo está muito boa.Agora ele faz fisioterapia de reabilitação duas vezes por semana e mais duas vezes freqüenta a clínica onde está fazendo a protetização. Cuido dele com carinho.A Ana às vezes vem ,noutras não.
Ele está melhor , olho para minha casa e me assusto. Os azulejos estão .....não vêem água há muito....
O vidro da janela do escritório tinha um tom amarelado, quase marrom.A janela de alumínio amarelada....estranho...olho...pego uma esponja , detergente eeeeeeeeeeeeeeeeeeeee...tcham tchammmmmmm...escorre uma espuma quase marrom...o que seria? NICOTINA....nós dois fumantes.
Vou olhar os quartos.....
Faço uma revista na casa , Ana não veio outra vez , a segunda na semana. Assim não dá.
Começo a faxinar pelas janelas.Ah....são tantas....
Então converso com Ana, proponho que ela ao faltar reponha o dia ,mostro as necessidades ,mostro o que não tem sido feito, ela fica muito brava e diz que não dá mais.
Realmente , do jeito que vinha acontecendo nos últimos três anos, não dava mesmo. A necessidade e a gratidão estavam impedindo que eu enxergasse,porém depois que o fato fica evidente ,não dá mais para aceitar que nunca descontei uma falta ,sempre supri as necessidades dela ,como remédios ,óculos e nunca descontei do salário...Realmente era o fim de uma parceria.
Parceria só é boa ,quando é boa para todas as partes. Fechamos as contas , nos despedimos,choramos e aqui começa mais um capítulo da minha história.
Vou parando por aqui. Amanhã ...ou depois ...tem mais.Tenho muito a contar.
Como morava longe , na zona rural de uma cidade próxima ,tinha um problema,faltava muito. O marido, caseiro de uma chácara ,nos últimos três anos , fez aumentar o nosso problema. A Chácara ficava num lugar ermo, ela descia do ônibus e caminhava a passos rápidos por quase quarenta minutos, uma ladeira íngrime , sem asfalto e toda esburacada,cada vez que chovia a Ana não aparecia.
Quando nos casamos faltava pouco tempo para a minha aposentadoria , um ano e pouco, eu tinha dois empregos e a Ana cuidava bem da casa. O Ayrton cuidava das compras e como bom cozinheiro que é , quando chegava à noite , após as aulas ,tinha sempre um jantarzinho caprichado a minha espera. A Ana e o Ayrton entraram na minha casa em 18/10/2002.
Tudo corria bem , em julho de 2003 meu esposo teve um problema cardíaco que o levou a UTI e a uma internação de oito dias. A Ana cuidando da casa , eu dele e do meu trabalho.
Em novembro ,no dia 10, nova internação, alto risco, gravidade máxima.A veia da perna esquerda totalmente entupida , necessidade de cirurgia ,mas havia o problema cardíaco.
Entra em cena o Dr. Wladimir dos Santos Júnior , cardiologista intervencionista que coloca o coração do meu amado em ordem e a cirurgia se torna possível. Cirurgia feita no dia 14 , a veia de toda a perna foi retirada, virada no avesso ,limpa de todos os trombos e reimplantada Sucesso.
No dia seguinte o susto, durante a madrugada , ele na UTI , teve uma hemorragia.Médicos chamado as pressas e nova cirurgia.Riscos máximo.
Lá se foram quinze dias , cinco na UTI , dez no quarto. A Ana senhora da casa, ficava tranqüila, pedi licença no trabalho. No fim de novembro a volta para casa e os problemas de saúde começaram a se agravar. Três vezes por semana médico, médico da família , curativos, infecções , gastos, gastos, gastos.
Mais internações ,mais infecções , novos antibióticos,curativos ,gastos,internações.Em março de 2004 a amputação da perna esquerda.
Ana meu braço direito.
A volta para casa, no mesmo dia o pé direito mostra uma marca....tudo outra vez,foram quinze internações , dez cirurgias, todas de altíssimo risco. No comando da casa: Ana.
Assim foram passando os dias ,em abril de 2005 a amputação da perna direita.Recuperação,cansaço, mimo , atenção, adaptações .Eu cuidava dele , Ana da casa;porém ele faltava....tinha semana que ela aparecia uma única vez , corria, fazia o que podia.
Neste mês de janeiro Ana trabalhou só seis dias , quando na verdade deveriam ser quatorze.Nunca descontei uma falta. Ela nunca repôs um dia .Eu muito grata.
Ana é uma ótima pessoa,mãe de cinco filhos adultos , é responsável , vive uma segunda união ,é vaidosa. Ana não aceita o tempo...Ana se recusa a usar óculos...vista cansada, típico da idade , mas eu comprei os óculos...Ana não usa.
Ela tem uma filha esquizofrênica que dá muito trabalho , Ana falta para internar a filha , para procurá-la quando foge....nada desconto.
Já tem mais de um ano da última amputação, saúde do esposo está muito boa.Agora ele faz fisioterapia de reabilitação duas vezes por semana e mais duas vezes freqüenta a clínica onde está fazendo a protetização. Cuido dele com carinho.A Ana às vezes vem ,noutras não.
Ele está melhor , olho para minha casa e me assusto. Os azulejos estão .....não vêem água há muito....
O vidro da janela do escritório tinha um tom amarelado, quase marrom.A janela de alumínio amarelada....estranho...olho...pego uma esponja , detergente eeeeeeeeeeeeeeeeeeeee...tcham tchammmmmmm...escorre uma espuma quase marrom...o que seria? NICOTINA....nós dois fumantes.
Vou olhar os quartos.....
Faço uma revista na casa , Ana não veio outra vez , a segunda na semana. Assim não dá.
Começo a faxinar pelas janelas.Ah....são tantas....
Então converso com Ana, proponho que ela ao faltar reponha o dia ,mostro as necessidades ,mostro o que não tem sido feito, ela fica muito brava e diz que não dá mais.
Realmente , do jeito que vinha acontecendo nos últimos três anos, não dava mesmo. A necessidade e a gratidão estavam impedindo que eu enxergasse,porém depois que o fato fica evidente ,não dá mais para aceitar que nunca descontei uma falta ,sempre supri as necessidades dela ,como remédios ,óculos e nunca descontei do salário...Realmente era o fim de uma parceria.
Parceria só é boa ,quando é boa para todas as partes. Fechamos as contas , nos despedimos,choramos e aqui começa mais um capítulo da minha história.
Vou parando por aqui. Amanhã ...ou depois ...tem mais.Tenho muito a contar.
Se esta imagem houvesse congelado
.05.07
Se neste momento , tudo houvesse parado, congelado, acabado , eu não veria no espelho as marcas na minha face ,nem mesmo estaria aqui, refletindo sobre o que é viver. Ah!!! Como as marcas no meu corpo,resultado dos dias vividos são evidentes. Não só a silhueta mudou , meu sorriso continua o mesmo , mas comecei a perceber nos outros que os dentes envelhecem... Gozado...nunca havia me dado conta disso , percebi numa amiga e constatei olhando de perto , no espelho que é incorruptível. Vamos aos fatos : Se ....eu não teria tido o privilégio de ter gerado dois seres maravilhosos, tê-los visto ,pequeninos no meu colo.. andando felizes em busca da vida... estudando... buscando sonhos e espaços... sofrendo suas primeiras desilusões...cursando suas primeiras faculdades...casando-se. Estela e Sandro , meus frutos, benditos frutos. Geraram Luís Vicente e Henrique César, os frutos dos meus frutos. SE...não teria vivido um casamento de 31 anos , embora findo, valeu à pena tê-lo vivido. SE...a minha imagem fosse esta ,não teria sido uma secretária eficiente , não teria lecionado vinte e cinco anos.... Ah!!! Que tristeza seria ter perdido a felicidade de conviver com pessoas tão maravilhosas como foram meus alunos. Teria perdido a oportunidade de alfabetizar tanta gente boa,numa segunda fase, de ensinar Inglês, e com que prazer ensinar o Português. Meu Deus , que prazer foi para mim ajudá-los a desvendar os pseudos mistérios das análises sintáticas . Como foi gostoso introduzi-los na literatura , como eram para mim deliciosas as aulas. Eu era feliz e sabia. Meus dezoito anos no Instituto Educacional " Matheus Maylasky" foram ma-ra-vi-lho-sos!!! Depois veio o Objetivo -Sorocaba. bom também. E no Objetivo-Indaiatuba, que delícia, que pessoas fantásticas eu conheci, alunos , colegas. E então veio a última escola em que trabalhei, o SESI da Vila Barão, TElecurso 2000 , me vi dando aulas de História , virei especialista. Matemática ( eu formada em Letras), foi fantástico, na verdade quem mais aprendia era eu mesma...lembro-me quando expliquei o Teorema de Tales e ENTENDI... Se a imagem dos meus dezoito anos ainda valessem eu não teria conhecido meu segundo esposo, não tera caminhado por vias tão diferentes,não haveria de ter enfrentado a morte, quantas vezes tão perto (dele),não teria visto o que é uma pessoa perder as duas pernas e não perder a dignidade , não se desesperar. Se eu não tivesse passado por tudo isto, minha vida teria sido apenas ilusão.. Uma menina de dezoito anos...naquele tempo eu só sabia que tinha sede de viver,muita sede. Hoje, não tenho a mesma aparência , a única coisa que permanece desta figura em mim é a sede, sede de viver e intensamente.
criado por Edelvira Lúcia
20:11:24
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Se neste momento , tudo houvesse parado, congelado, acabado , eu não veria no espelho as marcas na minha face ,nem mesmo estaria aqui, refletindo sobre o que é viver. Ah!!! Como as marcas no meu corpo,resultado dos dias vividos são evidentes. Não só a silhueta mudou , meu sorriso continua o mesmo , mas comecei a perceber nos outros que os dentes envelhecem... Gozado...nunca havia me dado conta disso , percebi numa amiga e constatei olhando de perto , no espelho que é incorruptível. Vamos aos fatos : Se ....eu não teria tido o privilégio de ter gerado dois seres maravilhosos, tê-los visto ,pequeninos no meu colo.. andando felizes em busca da vida... estudando... buscando sonhos e espaços... sofrendo suas primeiras desilusões...cursando suas primeiras faculdades...casando-se. Estela e Sandro , meus frutos, benditos frutos. Geraram Luís Vicente e Henrique César, os frutos dos meus frutos. SE...não teria vivido um casamento de 31 anos , embora findo, valeu à pena tê-lo vivido. SE...a minha imagem fosse esta ,não teria sido uma secretária eficiente , não teria lecionado vinte e cinco anos.... Ah!!! Que tristeza seria ter perdido a felicidade de conviver com pessoas tão maravilhosas como foram meus alunos. Teria perdido a oportunidade de alfabetizar tanta gente boa,numa segunda fase, de ensinar Inglês, e com que prazer ensinar o Português. Meu Deus , que prazer foi para mim ajudá-los a desvendar os pseudos mistérios das análises sintáticas . Como foi gostoso introduzi-los na literatura , como eram para mim deliciosas as aulas. Eu era feliz e sabia. Meus dezoito anos no Instituto Educacional " Matheus Maylasky" foram ma-ra-vi-lho-sos!!! Depois veio o Objetivo -Sorocaba. bom também. E no Objetivo-Indaiatuba, que delícia, que pessoas fantásticas eu conheci, alunos , colegas. E então veio a última escola em que trabalhei, o SESI da Vila Barão, TElecurso 2000 , me vi dando aulas de História , virei especialista. Matemática ( eu formada em Letras), foi fantástico, na verdade quem mais aprendia era eu mesma...lembro-me quando expliquei o Teorema de Tales e ENTENDI... Se a imagem dos meus dezoito anos ainda valessem eu não teria conhecido meu segundo esposo, não tera caminhado por vias tão diferentes,não haveria de ter enfrentado a morte, quantas vezes tão perto (dele),não teria visto o que é uma pessoa perder as duas pernas e não perder a dignidade , não se desesperar. Se eu não tivesse passado por tudo isto, minha vida teria sido apenas ilusão.. Uma menina de dezoito anos...naquele tempo eu só sabia que tinha sede de viver,muita sede. Hoje, não tenho a mesma aparência , a única coisa que permanece desta figura em mim é a sede, sede de viver e intensamente.
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Sensações e sentimentos
Hoje queria escrever sobre coisas mais leves ,que deixassem minha alma vagar em cenários que tivessem o brilho do Sol , que tivessem a brisa que balançam levemente a vegetação e onde pudesse sentir no ar o cheiro delicioso da maresia. Saudades do mar ,do caminhar na areia.... Saudades da minha vida, comum ,mas cheia do brilho da esperança. Sou saudável, muitíssimo saudável ,porém neste momento não posso vivenciar todo o esplendor que é a vida nos oferece. Não estou presa , tenho o meu ir e vir ,mas .... Estou com as faculdades mentais em plena forma , tenho tempo, todo o tempo do mundo , mas ... Não sou amarga nem sou triste, apenas sou mulher. Esta mulher que adormecida pelas contingências da vida ,luta para não explodir furiosamente ,pois um vulcão jamais é plácido. Sinto que estou como num lapso de tempo entre o que posso e o que desejo. Entre o que é corretíssimo e a natureza humana. Quero ser doação total , minha alma teima em ser ação. Paciência tem que ser o meu norte ,porém a agulha impertinente da bússola aponta outras direções. E durante estes tempos em que só o vento assobia , sou ora um ser que chora ,ora um ser que clama pela chama enorme de um Etna.
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Henrique César
.06.07
Henrique César
Hoje ,o fruto do meu fruto faz seis anos. O que modificou na minha vida a sua vida? Muita coisa e coisa boa. A chegada de um neto nos mostra que frutificamos ,nos faz pensar em como a nossa passagem por esta vida se fez. É muito bom olhar para traz e ver que daquele bebê,(Sandro) hoje adulto , formado, íntegro e um batalhador incansável se fez mais uma vida. Hoje é dia de lembrar do grande susto que a família passou , quando com dois meses os médicos nos disseram que a chance de sobreviver do meu filho seria de 1%. Meu filho, 1%. Sabe, na verdade o Sandro tem tanto a dar , a fazer, que acho que ele ainda vive os um por cento. Ele tem um potencial imenso. Creio que o meu garoto ainda tem muito a brilhar , para mim , meus dois filhotes são como fogos de artifício, nasceram para brilhar mesmo e espocar nos céus em dias de festa. Se vocês disserem que sou pretensiosa...nem vou ligar, a bem da verdade sou mãe leoa, porém consciente da capacidade dos dois. Eles são diferentes em temperamento, mas têm tantas qualidades que me sinto em paz com o mundo. É eu frutifiquei aos 19 e 20 anos, já são anos...e os meus netos começaram a chegar. Hoje é dia do Henrique , hoje é dia de festa, hoje eu vou comemorar. Uma vida que se inicia ,mas com bons prenúncios. Uma vida que está aí, para ser cuidada ,para ser acompanhada de perto...uma vida para viver num mundo caótico ,ahhh!!! Este mundo caótico ainda tem jeito... E talvez esse menininho....tenha vindo para isso...para contribuir com a ordem e com a paz... Presunção ? Talvez ? Quem sabe ? Henrique que Deus o abençoe e faça da sua família, ferramentas capazes de aperfeiçoar a sua conduta para que você gere paz. Beijão da vovó Lúcia
criado por Edelvira Lúcia
16:48:40
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Henrique César
Hoje ,o fruto do meu fruto faz seis anos. O que modificou na minha vida a sua vida? Muita coisa e coisa boa. A chegada de um neto nos mostra que frutificamos ,nos faz pensar em como a nossa passagem por esta vida se fez. É muito bom olhar para traz e ver que daquele bebê,(Sandro) hoje adulto , formado, íntegro e um batalhador incansável se fez mais uma vida. Hoje é dia de lembrar do grande susto que a família passou , quando com dois meses os médicos nos disseram que a chance de sobreviver do meu filho seria de 1%. Meu filho, 1%. Sabe, na verdade o Sandro tem tanto a dar , a fazer, que acho que ele ainda vive os um por cento. Ele tem um potencial imenso. Creio que o meu garoto ainda tem muito a brilhar , para mim , meus dois filhotes são como fogos de artifício, nasceram para brilhar mesmo e espocar nos céus em dias de festa. Se vocês disserem que sou pretensiosa...nem vou ligar, a bem da verdade sou mãe leoa, porém consciente da capacidade dos dois. Eles são diferentes em temperamento, mas têm tantas qualidades que me sinto em paz com o mundo. É eu frutifiquei aos 19 e 20 anos, já são anos...e os meus netos começaram a chegar. Hoje é dia do Henrique , hoje é dia de festa, hoje eu vou comemorar. Uma vida que se inicia ,mas com bons prenúncios. Uma vida que está aí, para ser cuidada ,para ser acompanhada de perto...uma vida para viver num mundo caótico ,ahhh!!! Este mundo caótico ainda tem jeito... E talvez esse menininho....tenha vindo para isso...para contribuir com a ordem e com a paz... Presunção ? Talvez ? Quem sabe ? Henrique que Deus o abençoe e faça da sua família, ferramentas capazes de aperfeiçoar a sua conduta para que você gere paz. Beijão da vovó Lúcia
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Eu cupido
Estou feliz ....estou tentando imitar o Cupido... Não saí atirando flechas , não !!! Fiquei feliz ao poder reunir dois ex-alunos que na quinta série eram apaixonadinhos... Como foi? Já te conto. Outro dia entrei no Orkut , na comunidade da Escola onde lecionei , vendo as fotos dos participantes ( são 757 ) vi a foto dele. Mandei um scrap, muito contente em tê-lo encontrado. Ele me respondeu e trocamos e-mails. Nos lembramos de uma viagem que fizemos a Minas Gerais. Dessa viagem fizeram parte 38 alunos , eu e a Mariclara como professoras e dois outros monitores do SENAC. Ao trocar e-mail com ele sobre isso, falamos dela . Ele me contou que mora em São Paulo , é médico psiquiatra , está muito bem e SOLTEIRO outra vez. Eu pude contar a ele que Ela é psicóloga , está trabalhando em São Paulo, muda-se para lá na próxima semana e está SOLTEIRA novamente. Adivinhem...foi só falar de um para o outro e ...(fazendo meio de campo)passar os e-mail , telefones ...e os dois se encontraram. Um jantar , um papo gostoso , sei que perceberam muitas afinidades. No que isso vai dar ? Eu também não sei , mas estou torcendo. Pelo menos espero ter contribuído para que o Dia dos Namorados seja legal para os dois. Será? E neste dia 12 vou estar rezando , pois não é todo mundo que tem a sorte de poder reviver o primeiro amor , de ter contato com o lúdico , com o platônico e poder fazer desse amor puro o alicerce de algo maior, muito maior. Torço por ele e por ela. Que vença o amor. Ah!!! Espero que eles possam ter bons momentos , afinal quase vinte anos se passaram Passado e presente... Que Deus os abençoe.
Uma história de amor outonal
Uma história de amor outonal
Estávamos no outono, no real pois era novembro e também no outono de nossas vidas. Eu 50 anos ,separada há um ano e meio,depois de 31 anos de vida conjugal. Dois filhos adultos, com suas famílias . E eu só ,recomeçando,indo a bailes , algumas paqueras ,porém uma única exigência , queria alguém livre e que tivesse muito mais cultura ,que fosse inteligente , íntegro e que me ensinasse algo novo todos os dias. Pedi a Deus ,sim, está dentro da minha Bíblia. Ele tinha 65 anos , viúvo a mais de um ano ,depois de um casamento que durou dezesseis , antes desse casamento havia estado casado por vinte anos, e um grande amor fez com que ele rompesse o primeiro enlace e se jogasse numa nova história. Um homem culto ,foi professor de Ciências , Diretor da Escola mais tradicional de Sorocaba , advogado, foi também jornalista , com pós graduação em Sociologia etc....Do jeitinho que eu pedi a Deus. Apesar de vivermos na mesma cidade e trabalharmos com educação, também sou professora,jamais havíamos nos encontrado.Eu trabalhava na rede particular e ele na pública. Nosso encontro deu-se através da Internet. Achei o perfil dele no almas gêmeas, correspondia as minhas expectativas e mandei-lhe um e-mail .Ah!!! Ele agradeceu minha correspondência ,mas delicadamente disse que eu era muito jovem para ele. Alguns meses passaram-se e um dia lá estava um e-mail ,agora ele queria saber mais a meu respeito. Fomos trocando informações,nos falamos por telefone e um dia ele me propôs um encontro. Iríamos jantar. Ele veio me buscar as 21:40 (depois do meu horário de trabalho) e fomos a um barzinho. Se eu parasse para pensar no tipo físico ,voltaria pra casa, ele não tinha nenhum dos atributos que outrora fariam a minha cabeça e confesso descobri depois que com ele aconteceu o mesmo. Lá estávamos nós , do primeiro momento até hoje conversando sem parar, foi incrível a empatia e as curiosas coincidências , conhecíamos as mesmas pessoas ,até de outras cidades,tínhamos os mesmos amigos, fizemos parte de grupos em épocas diferentes. Havia tanto a nos unir que desde esse dia ficamos só um dia sem nos ver. Havia encontrado minha alma gêmea , mas confesso, essas almas discutem bastante,pois apesar de tanto em comum ,tiveram criações distintas e também temperamentos diferentes. Nosso primeiro encontro 26/11/2001, e, 18/10/2002 passamos a viver sobre os mesmo teto. Tínhamos muitos sonhos a realizar , eu aposentaria no início do ano de 2004 , iríamos viajar , tínhamos o rancho para os fins de semana , adorávamos boemia e eram assim os nossos fins de semana : muita música , cervejas e alegria. Porém a vida nos reservara algumas surpresas , em novembro de 2003 meu amado ficou doente , uma dor lancinante no pé esquerdo o levou ao médico e de lá ao hospital , haviam trombos em toda a sua perna. Cirurgias e mais cirurgias ,Luta , dor , ferida , gastos....uma batalha...Batalha de Pirrô. Em abril , amputação , acima do joelho. Alívio, ele estava vivo e pude perceber que Deus atenderá o meu pedido , realmente eu aprendera uma coisa nova todos os dias. Havia me tornado uma enfermeira, sem diploma ,mas cumpria honrosamente meus deveres. Tinha até me tornado uma especialista em feridas... Começávamos agora um processo de adaptação, ele já usava a cadeira de rodas desde novembro , só que agora ele não tinha a perna esquerda. Respirávamos aliviados , as infecções haviam passado. Quinze dias depois....o outro pé começa a dar o ar da sua graça, um pontinho escuro na ponta do dedo e lá se foi o sossego ...A luta recomeça, agora a soldado mais experiente tenta de tudo, atenção redobrada ,medicamentos de última geração , médicos maravilhosos e muita pesquisa via Internet , luta , sonho esperança. Foram quinze internações ( média: doze dias cada ) , dez cirurgias e mais uma amputação. Agora ele não tinha as duas pernas. Nunca ouvi ele queixar-se .Nunca ouvi maldizer. Nunca ouvi perder a esperança. Nossas finanças foram água abaixo , nossa união acima. Somos mais unidos do que nunca. Dizer que não discutimos é mentira , afinal temos uma vida intensa ,passamos 24 horas juntos desde novembro de 2003. Quando a doença o atingiu senti que Deus havia-me confiado essa missão, se nos uniu é porque assim tinha que ser .Não me rebelo nem maldigo minha sorte.Durante este tempo tenho sido amada como nunca fui. Tenho sentido que há um sentido para minha vida. Meus filhos me apóiam , meus netos adoram o vovô Ayrton , meu ex marido é nosso amigo, a primeira esposa dele idem. Saímos pouco a passeio e muito em busca da recuperação, hoje ele , aos 71 anos tenta a protetização, algo difícil quando são as duas pernas , ele está aprendendo a se equilibrar , quando colocá-las vai precisar andar com andador, depois talvez muletas canadenses....e assim vamos vivendo nossa história de amor outonal. É , as folhas caem o tronco fica, e as mesmas folhas que caem servem de adubo....adubam esta relação que com certeza foi obra divina. Com amor Lúcia
criado por Edelvira Lúcia
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Estávamos no outono, no real pois era novembro e também no outono de nossas vidas. Eu 50 anos ,separada há um ano e meio,depois de 31 anos de vida conjugal. Dois filhos adultos, com suas famílias . E eu só ,recomeçando,indo a bailes , algumas paqueras ,porém uma única exigência , queria alguém livre e que tivesse muito mais cultura ,que fosse inteligente , íntegro e que me ensinasse algo novo todos os dias. Pedi a Deus ,sim, está dentro da minha Bíblia. Ele tinha 65 anos , viúvo a mais de um ano ,depois de um casamento que durou dezesseis , antes desse casamento havia estado casado por vinte anos, e um grande amor fez com que ele rompesse o primeiro enlace e se jogasse numa nova história. Um homem culto ,foi professor de Ciências , Diretor da Escola mais tradicional de Sorocaba , advogado, foi também jornalista , com pós graduação em Sociologia etc....Do jeitinho que eu pedi a Deus. Apesar de vivermos na mesma cidade e trabalharmos com educação, também sou professora,jamais havíamos nos encontrado.Eu trabalhava na rede particular e ele na pública. Nosso encontro deu-se através da Internet. Achei o perfil dele no almas gêmeas, correspondia as minhas expectativas e mandei-lhe um e-mail .Ah!!! Ele agradeceu minha correspondência ,mas delicadamente disse que eu era muito jovem para ele. Alguns meses passaram-se e um dia lá estava um e-mail ,agora ele queria saber mais a meu respeito. Fomos trocando informações,nos falamos por telefone e um dia ele me propôs um encontro. Iríamos jantar. Ele veio me buscar as 21:40 (depois do meu horário de trabalho) e fomos a um barzinho. Se eu parasse para pensar no tipo físico ,voltaria pra casa, ele não tinha nenhum dos atributos que outrora fariam a minha cabeça e confesso descobri depois que com ele aconteceu o mesmo. Lá estávamos nós , do primeiro momento até hoje conversando sem parar, foi incrível a empatia e as curiosas coincidências , conhecíamos as mesmas pessoas ,até de outras cidades,tínhamos os mesmos amigos, fizemos parte de grupos em épocas diferentes. Havia tanto a nos unir que desde esse dia ficamos só um dia sem nos ver. Havia encontrado minha alma gêmea , mas confesso, essas almas discutem bastante,pois apesar de tanto em comum ,tiveram criações distintas e também temperamentos diferentes. Nosso primeiro encontro 26/11/2001, e, 18/10/2002 passamos a viver sobre os mesmo teto. Tínhamos muitos sonhos a realizar , eu aposentaria no início do ano de 2004 , iríamos viajar , tínhamos o rancho para os fins de semana , adorávamos boemia e eram assim os nossos fins de semana : muita música , cervejas e alegria. Porém a vida nos reservara algumas surpresas , em novembro de 2003 meu amado ficou doente , uma dor lancinante no pé esquerdo o levou ao médico e de lá ao hospital , haviam trombos em toda a sua perna. Cirurgias e mais cirurgias ,Luta , dor , ferida , gastos....uma batalha...Batalha de Pirrô. Em abril , amputação , acima do joelho. Alívio, ele estava vivo e pude perceber que Deus atenderá o meu pedido , realmente eu aprendera uma coisa nova todos os dias. Havia me tornado uma enfermeira, sem diploma ,mas cumpria honrosamente meus deveres. Tinha até me tornado uma especialista em feridas... Começávamos agora um processo de adaptação, ele já usava a cadeira de rodas desde novembro , só que agora ele não tinha a perna esquerda. Respirávamos aliviados , as infecções haviam passado. Quinze dias depois....o outro pé começa a dar o ar da sua graça, um pontinho escuro na ponta do dedo e lá se foi o sossego ...A luta recomeça, agora a soldado mais experiente tenta de tudo, atenção redobrada ,medicamentos de última geração , médicos maravilhosos e muita pesquisa via Internet , luta , sonho esperança. Foram quinze internações ( média: doze dias cada ) , dez cirurgias e mais uma amputação. Agora ele não tinha as duas pernas. Nunca ouvi ele queixar-se .Nunca ouvi maldizer. Nunca ouvi perder a esperança. Nossas finanças foram água abaixo , nossa união acima. Somos mais unidos do que nunca. Dizer que não discutimos é mentira , afinal temos uma vida intensa ,passamos 24 horas juntos desde novembro de 2003. Quando a doença o atingiu senti que Deus havia-me confiado essa missão, se nos uniu é porque assim tinha que ser .Não me rebelo nem maldigo minha sorte.Durante este tempo tenho sido amada como nunca fui. Tenho sentido que há um sentido para minha vida. Meus filhos me apóiam , meus netos adoram o vovô Ayrton , meu ex marido é nosso amigo, a primeira esposa dele idem. Saímos pouco a passeio e muito em busca da recuperação, hoje ele , aos 71 anos tenta a protetização, algo difícil quando são as duas pernas , ele está aprendendo a se equilibrar , quando colocá-las vai precisar andar com andador, depois talvez muletas canadenses....e assim vamos vivendo nossa história de amor outonal. É , as folhas caem o tronco fica, e as mesmas folhas que caem servem de adubo....adubam esta relação que com certeza foi obra divina. Com amor Lúcia
criado por Edelvira Lúcia
19:26:27
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