segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Meu lema , observando apenas que sirvo há um só Senhor "Deus" e que o outro citado é apenas uma licença poética

Cântico negro

José Régio


"Vem por aqui" — dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!"
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...
A minha glória é esta:
Criar desumanidades!
Não acompanhar ninguém.
— Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre à minha mãe
Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...
Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: "vem por aqui!"?

Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...
Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.

Como, pois, sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...

Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tetos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura !
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...
Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém!
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.

Ah, que ninguém me dê piedosas intenções,
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou,
É uma onda que se alevantou,
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
Sei que não vou por aí!

Voltar a escrever, só assim vou lavando a alma

Voltar a escrever, só assim vou lavando a alma

Quem escreve agora não é mais uma mulher que tem um ombro, um apoio, um alicerce. O meu apoio, o meu amor passou para o andar de cima. Agora sou só uma mulher só.
Não me queixo da vida,já tive o meu quinhão de felicidade.Fui amada e amei intensamente.
Hoje vivo só,mas sei que lá fora há o mundo e seu Raimundo....e que a solidão é algo momentâneo e que me leva a conhecer mais a mim mesma.
Tenho vivido grandes dissabores ,não os da separação pela morte , pois está não está sobre o controle humano, o nosso controle.Tenho a certeza e a convicção inabalável que amei, cuidei , acariciei ,poupei e lutei para que ele continuasse vivo e com qualidade de vida.TENHO A CONSCIÊNCIA TRANQUILA.E isto causa mal estar àqueles que não a tem.
Tenho sofrido agressões psíquicas , injúrias,difamações , calúnias .Tenho me quedado inerte ,pois em memória de quem amei não gostaria de levar a justiça àqueles que me enxovalham porque não foram capazes de cuidar , amar , atender .Aqueles que o meu amor gerou e que hoje (peço a Deus que não permita que ele veja de onde está o que fazem).Lamentável.Não merecem o sobrenome que possuem. Enlameiam seus ancestrais.
De mim falam mal, queixam-se e devaneiam crendo que fui presenteada, sustentada... só rindo.
Um dia desses entro com uma ação , por difamação ,calúnia,injúria e danos morais.O ônus da prova cabem a quem acusa e é só pegar as nossas declarações de imposto de renda e comparar. Vão cair de costas... E vão ficar com as calças nas mãos, porque estas ações as condenações são pecuniárias. Se receber ,doarei tudo ao Gepaci.
Tenho tido uma paciência infinita para não gritar ao mundo minha indignação e revolta contra esses seres que me maldizem e nada fizeram de bom para o pai.
O por quê ? Fácil de entender. Esses filhos nunca gostaram de trabalhar, sempre foram chupins e agora ...queriam o vil metal, só que o papai não tinha mais, havia gasto em sua doença de sete anos , gastei junto e não lamento um centavo gasto com ele.
Quantos horas extras no trabalho , quantos dias e noites no hospital, quanto deixei de fazer por mim, mas valeu à pena.
Só não consigo aceitar e perdoar esses elementos que me acusam injustamente.
Poderia sim , colocá-los em maus lençóis , só não o fiz em respeito ao meu amor que partiu, mas...minha paciência também tem limites e eu já os ultrapassei.
Tenho pedido a Deus, e a Maria de Nazaré que me guardem e resguardem.
Tenho pedido a Nossa Senhora da Revelação que escancare ao mundo quem é quem nesta história. Que o mundo venha a saber das qualidades e defeitos de cada um de nós envolvidos nessa torpe história de bens materiais.
É horrível encarar a miséria humana , ver duas pessoas de quarenta e poucos anos, outo de vinte e poucos tramarem e pensarem que sou como eles. Não , não sou farinha do mesmo saco.Nem vinho da mesma pipa.
Tenho perdido horas de sono, peso ,de tanta indignação.Tenho chorado muito,porém tomei uma decisão.
Durante o tempo que namorei , casei, e até a presente data HONREI o homem que foi meu esposo.
Agora vou viver minha vida , ainda estou em tratamento contra um câncer de mama, parece que já venci , há mais de dezoito meses venho lutando e por minha conta $.
Agora chega!!! Chega desses trambiqueiros de fala mansa.Desses demônios com cara de anjos,Chega !!! Cansei de ser insultada.
Amo a família de quem carrego o nome, os tios , os cunhados , os primos.Porém os descendentes me enojam.
Com toda a certeza saíram a mãe , pois esta já caiu em contos do vigário(pelo menos três vezes)isso prova que é ambiciosa apesar de se fazer de santa, de tonta.
Se a família do meu falecido marido não quiser mais contato comigo por causa dos sobrinhos , não tem problema, eu os levarei no coração e eles sabem o que fiz e com que satisfação fiz.
Chega que ficar trancada em casa , chega de chorar dias e noites,chega de agüentar maledicências enquanto "eles" estão praticando contravenções.
Não os delatarei ,mas espero que a justiça divina se faça.
Apenas peço a Deus que me livre deles.Peço a São Miguel Arcanjo que batalhe por mim.E peço a mim mesma para refletir sobre tudo isto e tocar a vida em frente.
A partir de hoje , deste momento vou usar o poema Cântico Negro como escudo e broquel.