domingo, 12 de setembro de 2010

Rolando na cama

Cantarolando , não consigo dormir.Há um misto de saudades , um pouquinho de tristeza ,porém a esperança equilibrista também se faz presente.
É a primeira vez na vida que sou dona do meu nariz,que posso ir para onde quero sem ter que prestar contas,porém não sei para onde vou.
Da vida sei o que não quero,mas ainda não divisei o que quero.
Estou vivendo numa bolha,minha mãe doente, só uma irmã, me impedem de viajar.
Queria caminhar pela areia,sentindo a brisa do mar , aquele cheiro de maresia.
Queria cantar só para eu escutar " manhã feliz"ou então " O negócio é amar".
São coisas bem simples que me fariam um bem enorme , sentir a água do mar labendo meus pés.
E eu ali, a cada pegada o mar viria logo em seguida e as apagaria.
Seria um exercício e tanto.
Reveria os momentos de felicidade,com certeza choraria e muito,reviveria também a saudade , a tristeza e a melancolia, eis que de repente mergulharia naquele oceano como se buscasse um norte e com certeza Iemanjá iria me mandar um aviso.
É preciso estar atenta aos recados dados , a sincronia.
Fechada neste apartamento,não os recebo.
Preciso do mar,preciso da prece,preciso me revigorar.
Quero viver, vou viver e com tal intensidade que farei valer os dias que me restam.

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